Related Posts with Thumbnails

24 de setembro de 2010

Excesso de falta às aulas pode esconder a rejeição à escola

Número alto de atestados médicos aos alunos prejudica o aprendizado

NOVA YORK, EUA. A rejeição à escola é qualquer tipo de ausência em um dia letivo, desde fobia até vadiagem para matar aula, que pode ser ocasionada pelas ações ou vontades da criança. Esse tipo de problema é um tema interdisciplinar que cabe a pedagogos, psicólogos e pediatras. Então, para resolver esse problema, é importante que professores, psicólogos e pediatras trabalhem juntos.

Na verdade, quando a mãe ou o pai leva o filho ao pediatra por algum motivo que o faça perder aula, o médico deve ser o primeiro a notar se o problema é realmente médico ou psicológico, um mecanismo de defesa para se rejeitar a escola. Para muitas criança receosas, existe a possibilidade de uma avaliação sobre seu desenvolvimento. Na verdade, ao não quererem ir estudar, muitas crianças estão evitando coisas na escola que as deixavam desconfortáveis, como as interações no ônibus e os contatos físicos no parquinho. Muitas também podem evitar os momentos acadêmicos nos quais alguém poderia perceber que elas estavam com dificuldade. Outro motivo pode ser a vontade de ficar grudado na mãe, para que ela tome conta da criança e vice-versa.

Helen Egger, psiquiatra infantil e epidemiologista do Centro Médico da Universidade Duke, estudou a relação entre a rejeição à escola e condições como depressão e distúrbio de ansiedade e detectou que aproximadamente 25% das crianças no estudo que mostraram comportamento de rejeição à escola tinham problemas de ansiedade. "A rejeição ao ambiente escolar pode estar fortemente associada tanto à depressão quanto à ansiedade", disse ela.

Barbara Howard, pediatra especialista em desenvolvimento e comportamento da Universidade Johns Hopkins, atende casos mais extremos de rejeição à escola - entre eles, crianças cujos dias letivos são complicados por problemas médicos ou de aprendizado. Algumas têm dificuldade desde o primeiro dia do jardim de infância, pois elas não estão preparadas para se separar dos seus pais ou porque são particularmente ansiosas, sendo que precisam de ajuda com ajuste inicial.

"Deveríamos tomar cuidado para não deixarmos as crianças ainda mais ansiosas", disse ela. "Precisamos nos certificar que elas possam levar o bichinho de pelúcia com elas", sustenta.

E quando as crianças ficam ansiosas quanto a voltar à escola, é especialmente importante perguntá-las se existe algum problema específico - bullying ou banheiro sem porta, por exemplo. Mesmo assim, descobrir e resolver esse problema não necessariamente proporciona as habilidades que uma criança ansiosa precisa para se sentir confortável na escola.

fonte:Otempo

0 comentários: