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16 de julho de 2010

Inteligência artificial permite criar robô com atitude natural

Máquinas em forma de animais podem ser utilizadas por quem tem autismo

Após anos de esforço para se obter robôs com empatia, dispositivos projetados para consolar, apoiar e nos fazer companhia estão saindo dos laboratórios e entrando no convívio com as pessoas.

Para viciados químicos em recuperação, médicos da Universidade de Massachusetts estão testando um sensor usado junto ao corpo que foi projetado para discernir desejos intensos por drogas. Detectando vontade de usar drogas, o dispositivo envia mensagens de texto para o usuário com palavras de carinho.

Para quem quer um companheiro produzido especificamente para ele e tem US$ 125 mil para gastar, uma cabeça robótica falante pode ser modelada com qualquer personalidade que se queira. Ela ri das suas próprias piadas e reconhece rostos familiares.

Para quem está de dieta, um robô de 38 cm com uma tela sensível ao toque localizada na sua barriga, olhos grandes e voz feminina fica na cozinha e incentiva a pessoa, após calcular calorias e quantidade de exercício. "Você voltaria amanhã para conversarmos?", pergunta o robô no fim de cada sessão. "Seria bom se discutíssemos seu progresso na dieta todo dia".

Robôs guiados por alguma forma de inteligência artificial agora exploram o espaço, lançam bombas, realizam cirurgias e jogam futebol. Computadores que usam software de inteligência artificial atendem a ligações de serviço ao consumidor, derrotam seres humanos em jogos de xadrez e até conseguem responder certo em jogos de pergunta e resposta.

Companheiro. Um robozinho com formato de um filhote de foca-da-groenlândia vem sendo muito utilizado em instituições de repouso e saúde no Japão, Estados Unidos e Europa. O robô Paro, cujo nome vem dos primeiros sons das palavras "Robô Pessoal" em inglês, é uma forma que essas instituições encontraram para ocupar a mente dos seus internos.

O robozinho foca gorjeia e se mexe quando se dá um tapinha em sua cabeça, pisca quando as luzes se acendem, abre os olhos com barulhos altos e grita quando é manuseado de mal jeito ou fica de cabeça para baixo. Dois microprocessadores instalados sob seu pelo branco artificial e antisséptico ajustam seu comportamento com base em informações de dezenas de sensores que monitoram som, luz, temperatura e toque. Ele se mostra contente ao ouvir o som do seu nome, elogios e, com o tempo, as palavras que ouve com mais frequência.

Como se fosse uma terapia com animais, mas sem o animal real, o Paro pode ser benéfico para pacientes com alergia e até para aqueles que não são alérgicas. Ele não precisa ser lavado, não faz sujeira e não morde. Em alguns casos, ele proporciona uma alternativa à medicação, sendo um recurso para os pacientes que estão deprimidos ou são difíceis de se controlar.


Máquina tem capacidade de ensinar brincadeiras e até tarefas domésticas

LOS ANGELES. Em vários laboratórios de todo o mundo, cientistas da computação estão desenvolvendo robôs professores: máquinas altamente programadas que conseguem se comunicar com as pessoas e ensiná-las habilidades simples, incluindo tarefas do lar, vocabulário ou, no caso das crianças, brincadeiras.

Até agora, os ensinamentos são muito básicos, realizados principalmente em ambientes experimentais. Além disso, os robôs ainda estão sendo desenvolvidos. Cada tipo de robô, com peças móveis específicas, acaba conseguindo fazer bem algumas atividades, mas as especificidades delas não permitem outras.

Entretanto, os modelos mais avançados são totalmente autônomos, guiados por softwares de inteligência artificial como controle de movimento e reconhecimento de voz, que podem torná-los interativos o bastante para competirem com seres humanos em algumas tarefas de ensino.

Os pesquisadores dizem que o ritmo da inovação é tão rápido que essas máquinas deveriam começar a aprender enquanto ensinam, tornando-se uma espécie de instrutor infinitamente paciente e altamente instruído que seria efetivo em matérias escolares, como língua estrangeira, ou em terapias repetitivas usadas para tratar problemas do desenvolvimento, como autismo.

fonte:Otempo

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