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26 de julho de 2010

Estupro virtual: cada vez mais comum no Brasil e mundo

Notícias de estupros virtuais são cada vez mais recorrentes. São crianças, jovens e mulheres chantageadas e obrigadas a mostrar o corpo e até atuarem em cenas típicas de filmes pornôs em frente a câmeras de computadores.

Esse tipo de crime vem sendo cada vez mais explorado por hackers e até por pessoas comuns. Um norte-americano foi preso e está sendo julgado por chantagear e extorquir mulheres, depois de invadir e encontrar informações e imagens pessoais no computador de suas vitimas. Já um hacker alemão invadiu centenas de computadores de meninas em idade escolar para espioná-las pelas próprias webcams. Alguns desses vídeos, no entanto, são filmados e caem na rede.

Segundo o detetive virtual Wanderson Castilho, a exposição da intimidade das pessoas na rede mundial de computadores gera efeitos psicológicos semelhantes ao estupro físico, com a diferença que o primeiro pode continuar se repetindo diariamente. “Todos os dias o vídeo pode reaparecer, é uma angústia”, diz.

Ele mesmo está atuando no caso de uma menina de 13 anos que, ao se ver chantageada por um amigo de um colega de sala, acabou por se despir em frente à câmera. Ela cedeu à pressão do garoto que a filmou bebendo e fumando em uma festa da escola e que passou a ameaçá-la, alegando que enviaria as imagens ao pai da adolescente. “Ela tem pais severos, que lhe causavam medo e não soube como reagir”, explica o detetive, que trabalha para levar esses casos à justiça.
Muitas vezes as pessoas se sentem culpadas por terem produzido alguma imagem depois usadas para extorsão e chantagem. Mas Castilho lembra que é crime divulgar imagens de pessoas sem prévia autorização.

A boa notícia é que cada vez mais casos de exposição de mulheres na rede, chantagem e extorsão estão sendo julgadas e os culpados condenados. Castilho teve a satisfação de ver uma de suas clientes - uma jornalista que teve algumas fotos em que aparece nua espalhadas em sites de prostituição pelo ex-namorado frustrado - ganhar a causa na justiça e ver seu algoz pagar a pena de dois anos de prisão.

“A punição das pessoas que cometem esse tipo de crime não anula os danos causados às vitimas, mas concede um momento de paz”, afirma Castilho.

fonte:Terra

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