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22 de julho de 2010

Bebês concebidos por fertilização in vitro podem ter maior risco de câncer

Crianças nascidas por fertilização in vitro têm um risco ligeiramente maior de desenvolver câncer na infância do que crianças que foram concebidas naturalmente, segundo um estudo da Universidade de Lund, na Alemanha, e publicado na edição de agosto da revista Pediatrics.

O aparecimento de câncer, como leucemia, câncer de olho e do sistema nervoso, é relativamente raro na infância, porém, o estudo alemão descobriu que a probabilidade pode aumentar de leve a moderadamente, chegando a 34% em bebês que nasceram por meio de inseminação artificial.

Para essas conclusões, os pesquisadores avaliaram mais de 26 mil crianças nascidas através de inseminação artificial no período de 1982 a 2005 e usaram também outro estudo sueco que analisava 17 mil crianças. Além disso, foram levadas em conta as variáveis como idade materna, número de gestações, abortos anteriores, índice de massa corporal, entre outros.

Considerando todos os tipos de câncer encontrados, os bebês de inseminação artificial tiveram cerca de 40% a mais de probabilidade de desenvolver um tumor. No entanto, o estudo encontrou uma relação que não é considerada causa e efeito. O principal autor do estudo, Brengt Kallen destaca que o risco elevado pode não ser causado pela fertilização in vitro em si, mas pode estar mais ligado à infertilidade e a fatores como complicações no recém-nascido.

O pesquisador destacou que é preciso ter cautela com a descoberta já que estudos anteriores costumavam achar risco aumentado em crianças concebidas por fertilização in vitro de complicações de saúde no início da vida e defeitos congênitos. Mas, as pesquisas mais recentes provaram que o risco de problemas destes bebês não é muito diferente do que os que nasceram de forma normal.

Kallen destaca ainda que a importância de seu estudo é que ele serve de alerta para que os pais que estão pensando ou considerando a fertilização in vitro saibam que ela tem complicações, ainda que levemente moderada. No entanto, ele afirma não achar necessário que as pessoas parem de recorrer à fertilização in vitro.

Escolhendo o método

Hoje em dia ninguém precisa sofrem com problemas de infertilidade. Muitas técnicas disponíveis no mercado hoje podem ajudar o casal a ter o bebê esperado. O especialista em reprodução humano do Minha Vida, Joji Ueno, destaca os principais métodos utilizados para quem pretende ter um filho:

- Inseminação com sêmen do parceiro: nos casos de ausência temporária ou definitiva do mesmo, baixa frequência sexual e disfunção erétil;

- Programas de fertilização in vitro e micromanipulação de gametas: possibilita inseminações programadas em um mesmo ciclo de tratamento. Também permite a coleta fora do dia do procedimento de reprodução assistida, permitindo maior liberdade do paciente sem o estresse da coleta;

- Criopreservação de sêmen para indivíduos que desejam ser submetidos à vasectomia, objetivando preservar a fertilidade futura;

- Criopreservação dos espermatozoides obtidos durante microcirurgias para reconstrução do sistema reprodutivo, como a reversão da vasectomia;

- Também se aplica a criopreservação dos espermatozoides obtidos por técnicas cirúrgicas do epidídimo ou do parênquima testicular para utilização em micromanipulação de gametas: ICSI

- Injeção intracitoplasmática de espermatozoides;

- Criopreservação de sêmen de indivíduos que trabalham em profissões de alto risco, como por exemplo: mergulhadores de elevada profundidade, indústrias químicas, exposição a agrotóxicos e pesticidas e exposição à radiações ionizantes.

"A infertilidade é um luto a ser elaborado. Se não houver aceitação desta condição, permanece o sentimento de impotência diante da concepção. Aceitar a limitação do corpo para conceber naturalmente é o primeiro passo para diminuir o próprio preconceito contra os tratamentos que envolvem as técnicas de reprodução humana assistida", acredita Joji Ueno.

fonte:Minhavida

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