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3 de maio de 2010

Todo espírito enviado é um anjo bom ou um anjo mau

Deus nunca se manifesta. Ele jamais é um enviado, um mensageiro, um anjo, pois é o Pai dos espíritos, anjos bons ou maus


Demônios, nos originais gregos, são espíritos humanos

O significado mais comum de anjo é mensageiro, que, por sua vez, significa enviado.
A Bíblia nos recomenda que examinemos os espíritos (1 João 4,1), é porque eles são de graus diferentes de evolução. Todo espírito que se manifesta é um enviado bom ou mau. E quando se diz enviado de Deus, não quer dizer que seja o próprio Deus que o envia, pois Deus tem seus espíritos ou anjos bons que cuidam de nos enviar outros espíritos bons encarnados e desencarnados (Hebreus 1,14). E o espírito bom que envia outro não o obriga a isso. Jesus, o enviado de Deus à Terra, agiu por sua livre e espontânea vontade. E quando Ele, desencarnado, se manifestou a Paulo na estrada de Damasco, foi também porque Ele o quis.

Existe uma doutrina errada, que ensina que todos os espíritos manifestantes são maus. A exceção seria Deus, que essa doutrina denomina de Espírito Santo. Mas Deus mesmo nunca se manifesta. "Ninguém jamais viu a Deus" (João 1,18). E há espíritos bons (evoluídos) e maus (atrasados). Sim, na Vulgata Latina de são Jerônimo, temos espíritos bons e espíritos maus, o que está de acordo com os originais bíblicos em grego. Porém os tradutores para as outras línguas falsificaram os textos bíblicos, para darem sustentação à doutrina dogmática do Espírito Santo.

Eles tentaram anular os fenômenos espíritas ou mediúnicos que sempre existiram em nosso planeta, desde o homem das cavernas.

Kardec apenas estudou e criou normas científicas para o contato com os espíritos. São Paulo chamou esses fenômenos de dons espirituais, ou seja, do espírito do médium (profeta na Bíblia). Daí que Paulo ensina que quando alguém ora em línguas (1 Coríntios 14,14), é o próprio espírito dele que ora, não, pois, o Espírito Santo da Trindade. Aliás, Paulo não conheceu o Espírito Santo trinitário, que só foi instituído no Concílio Ecumênico de Constantinopla (381).

É por ser um assunto polêmico que essa doutrina virou dogma. E os teólogos e tradutores adaptaram os textos bíblicos a essa nova doutrina. Recomendo, pois, aos interessados em conhecer a verdade sobre isso que estudem o assunto. Têm surgido muitas obras desse gênero, desde que acabou a Inquisição. Até eu mesmo tenho escrito obras nessa área. Na maioria dos textos bíblicos antigos, lê-se "um" Espírito Santo, numa referência ao Espírito Santo que somos. Diz-se, pois, corretamente: inspiração de "um" Espírito Santo, e não de "o" Espírito Santo.
Outros nomes que se dão aos espíritos enviados humanos são de demônios e de deuses pagãos, em oposição ao Espírito Santo. Mas, como vimos, diretamente, Deus nunca se manifesta. Ele só pode ser "enviador", jamais um enviado, um mensageiro, um anjo, ainda que boníssimo, pois Ele é o Pai dos espíritos, dos mensageiros, anjos bons ou maus (Hebreus 12,9).

E como hoje se sabe, demônios, nos originais evangélicos gregos "daimones", são espíritos (almas) dos seres humanos. Realmente, a hermenêutica nos mostra que, não só na Bíblia, mas também em outras obras antigas, demônios são os nossos próprios espíritos. Em Platão e Homero encontramos também esses exemplos.

Se nós quisermos seguir as instruções do apóstolo (1 João 4,1) para examinarmos os mensageiros ou espíritos enviados, nós temos que nos comunicar com eles. É o que faziam os primeiros cristãos (1 Coríntios capítulos 12,13 e 14), e o fazem, hoje, os espíritas, distinguindo os anjos bons dos anjos maus enviados. Os bons nos iluminam, e os maus são iluminados por nós. E, em tudo, o fundamento é o Evangelho do meigo Rabi!

Escrito por:José Reis Chaves

fonte:Otempo

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