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7 de maio de 2010

Redes sociais virtuais podem criar adolescentes antissociais

Facilidades da web causariam falta de interesse em relações reais

NOVA YORK, EUA. "Ei, você é um bobo", disse a menina ao menino com um sorriso. "Só queria que você soubesse. "Obrigado!" disse o menino. "Brincadeira", disse a menina com outro sorriso, "você é só um pouquinho bobo, mas, fora isso, você é bem normal - às vezes". Os dois riram. "Vejo você amanhã", disse o menino. "OK, até mais", despediu-se a menina.

Essa é uma conversa pré-adolescente típica e que atravessou gerações. Exceto pelo fato de que essa aconteceu no Facebook. Os sorrisos eram dois pontos com parênteses. As risadas eram "hahahaha" digitados. O "até mais" era "t +" e o "você" era sempre escrito como "vc".

Não é de hoje que crianças e adolescentes conversavam de verdade com seus amigos. Aquelas horas passadas no telefone ou ao lado de vizinhos depois da aula acabaram muito tempo atrás. Agora, até mesmo bater papo no celular ou via e-mail (onde você pode, pelo menos, conversar em parágrafos) é passado.

Para os adolescentes e pré-adolescentes de hoje, a troca de ideias entre amigos está sendo realizada cada vez mais em trechos abreviados de mensagens de texto de celular (SMS) e mensagens instantâneas (MSN, Google Talk ou ICQ), ou através das redes sociais como o Facebook, MySpace e Orkut. Andy Wilson é um exemplo disso. O menino de 11 anos envolvido na conversa citada acima tem 418 amigos no Facebook.

E ele não é o único. Na semana passada, o Centro de Pesquisa Pew descobriu que metade dos adolescentes norte-americanos - definidos no estudo com pessoas entre 12 e 17 anos - envia 50 ou mais mensagens por dia. Um terço deles envia mais de cem mensagens. Dois terços dos adolescentes que mandavam mensagem disseram que era mais provável usarem os celulares para mandar SMS aos amigos de que ligar para eles.

Pelo menos uma vez ao dia, 54% dos entrevistados mandam mensagem aos amigos, mas apenas 33% conversam com seus amigos cara a cara diariamente. O questionamento dos pesquisadores é se todas essas mensagens de texto por celular, mensagens instantâneas e redes de relacionamento na internet fazem as crianças ficarem mais conectadas e complacentes com seus amigos ou se elas diminuem a qualidade da intimidade e conversas "ao vivo".

Segundo a revista "O Futuro das Crianças", "as evidências mostram que a facilidade da comunicação eletrônica pode estar deixando os adolescentes menos interessados na comunicação face a face com seus amigos".

fonte:Otempo

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