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10 de maio de 2010

Deus dá a cada um segundo suas obras, e não as alheias

Assim como o sangue do avô ou bisavô corre nas veias de seus netos e bisnetos, também seu espírito pode estar reencarnado num desses descendentes

Para fugirem da lei divina, bíblica e universal da reencarnação, e que tem muito a ver com a lei de causa e efeito ou cármica, há religiosos meio desorientados com a realidade da reencarnação.
E como que querendo tampar o sol com a peneira, tentam, em vão, incutir na cabeça das pessoas simples e ingênuas a ideia absurda e blasfema de que nós pagamos os pecados dos nossos antepassados.

É absurda e blasfema essa ideia, porque se ela é repudiada até pela justiça humana imperfeita, como atribuí-la à justiça perfeita de Deus? Segundo eles, os netos ou bisnetos pagam os pecados dos seus antepassados, porque o sangue dos antepassados corre nas veias dos seus descendentes!
Dá pra acreditar nisso? Esses religiosos devem achar que o povo é besta! Se fosse assim, teríamos o outro absurdo de todos os netos e bisnetos sofrerem também as consequências. Doutrinas desse tipo é que fazem aumentar os ateus oriundos do cristianismo!

Sabemos, isso sim, que o resgate do pecado pode não acontecer na mesma vida em que ele foi cometido, ficando, pois, para ser resgatado numa vida futura. E, assim como o sangue do avô ou bisavô corre nas veias de seus netos e bisnetos, o que é uma realidade, também o espírito do avô ou bisavô pode estar presente (reencarnado) num desses seus descendentes, pois é comum um espírito voltar em um corpo de um familiar seu.

E, neste caso, como o espírito do descendente é o mesmo do avô, é o próprio avô que paga o seu pecado. Só assim, admitindo-se a reencarnação, se entende sem mistérios o ensino bíblico de que é o próprio autor do pecado quem paga o seu pecado (Jeremias 31,30). Realmente, nós colhemos o que plantamos. E Jesus até diz que pagamos tudo até o último centavo.

Quando o espiritismo e a reencarnação começaram a conquistar terreno no Brasil, a partir da segunda metade do século XX (hoje, cerca de 80% dos católicos de melhor nível cultural creem neles), as passagens bíblicas antigas que trazem ideias espíritas e reencarnacionistas tiveram suas traduções alteradas para ocultarem-nas. (As Bíblias ortodoxa e anglicana conservam intactas essas partes).

Um exemplo: "Visito a iniquidade dos pais nos filhos ‘na’ terceira e quarta gerações daqueles que me aborrecem" (Êxodo 20,5). Filhos aqui são os descendentes, pois se trata da terceira e quarta gerações (netos e bisnetos), pois nelas, o avô ou bisavô, geralmente, já desencarnou, podendo, então, o seu espírito reencarnar num seu neto ou bisneto. E para ocultar essa ideia da reencarnação, os tradutores bíblicos trocaram a preposição "em" mais o artigo "a" (na) das traduções antigas pela "até", nas novas, ficando assim: "até a terceira e quarta gerações", ridicularizando a justiça divina, já que lhe atribui o absurdo de que os filhos, os netos e os bisnetos vão pagar os pecados dos seus antepassados.

A Vulgata de são Jerônimo (século V) confirma o que dizemos: "in tertiam et in quartam generationem", ("na" terceira e "na" quarta gerações, e não "até a" terceira e quarta gerações). Mesmo quem não estudou latim sabe que "in" significa "em" e não "até". (Para saber mais, recomendo meu livro "A Reencarnação na Bíblia e na Ciência", 7ª edição, pág. 96, EBM Ed., SP).
Sigamos a Bíblia que nos ensina que a justiça divina dá a cada um segundo suas obras, e não as de outro, pois quem pecou é quem realmente tem de pagar seu pecado, se não nesta vida, em outra, pois, como diz o antigo adágio popular, "aqui se faz, aqui se paga!"

Escrito por:José Reis Chaves

fonte:Otempo

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