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18 de abril de 2010

Pré-candidatos à Presidência terão que superar dificuldades

Partidários minimizam críticas e defendem seus aliados na eleição

Para vencer a eleição presidencial, os pré-candidatos ao cargo vão ter que convencer os eleitores de que seus pontos positivos são mais interessantes do que os dos adversários e que os negativos não são tão importantes assim.

A pré-candidatura do deputado federal Ciro Gomes (CE) apresenta como principal ponto fraco a falta de apoio do próprio partido. "Se depender de Minas, Ciro é candidato", afirma convicto o presidente do PSB mineiro, deputado estadual Wander Borges.

Também pesa contra Ciro a fama de intempestivo. Na eleição de 2002, o deputado crescia nas intenções de voto, mas uma fala infeliz no programa eleitoral o fez despencar nas pesquisas.

Como ponto positivo, Ciro tem a imagem de bom gestor e orador. Sobre as críticas ao deputado pelo Ceará, Borges conta que Ciro é "extremamente preparado" e que "gosta de dizer a verdade e isso causa inconveniência".

No caso da petista Dilma Rousseff, seu maior trunfo responde pelo nome de Lula. Com o apoio do presidente é que Dilma pretende vencer as eleições. A passagem de Dilma pelo ministério da Casa Civil será explorada para mostrá-la como boa gestora - mesmo que apenas 11% das obras do Programa de Aceleração do Crescimento tenham sido concluídas.

O que pode prejudicar a campanha da petista é o fato de ela não ter ocupado nenhum cargo eletivo. Para o deputado federal e presidente do PT mineiro, Reginaldo Lopes, Dilma "tem mais experiência que o presidente".

Outra dificuldade seria a falta de vivência em palanques. Em uma semana de visitas pelo Brasil, Dilma conseguiu cometer gafes que causaram problemas, como o "Dilmasia". De acordo com Lopes, a falta de experiência em palanque é bom, já que assim ela "não tem rabo preso com ninguém".

O tucano José Serra tem como principal desafio convencer o eleitor que sua gestão pode realmente ser "mais" do que a de Lula, mas tem que dizer isso sem atacar o presidente e sem negar o passado, com as gestões de Fernando Henrique Cardoso. O fato de o governo petista ser bem avaliado também é um ponto negativo para Serra.

O que conta como positivo em sua pré-candidatura é a imagem de bom gestor. Como governador do Estado de São Paulo, Serra deixou o cargo com 55% de aprovação. A experiência em disputar eleições também deve contar a favor. O presidente nacional do PSDB e senador por Pernambuco, Sérgio Guerra, defende a candidatura tucana. "Raras vezes tivemos um líder político tão preparado, testado, maduro e completo como José Serra", avalia.

Já a pré-candidata verde, Marina Silva, tem o discurso ideológico como ponto forte e fraco ao mesmo tempo. Forte porque o tema ambiental está na pauta e começa a ser difundido entre os eleitores. No entanto, a futura candidatura pode ser encarada como monotemática. Para o deputado federal Antônio Roberto (PV), as críticas não procedem. "O discurso não é monotemático. A visão ambiental perpassa todas as questões", explica.

fonte:Otempo

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