Eco melhora nos detalhes

EcoSport chega ao último estágio da sua evolução antes de sair de cena
Igor Veiga
Tratado como o xodó da Ford no Brasil, o EcoSport 2011 levemente repaginado chegou às concessionárias em fevereiro. Com relação a versão 2010, o carro é praticamente o mesmo. No visual, a mudança mais perceptível foi na dianteira, que recebeu uma novos faróis e grade frontal, além do nome EcoSport sobressaltado na extremidade do capô, algo claramente inspirado nos modelos da marca britânica Land Rover.

Carro&Cia testou a versão XLT, com tração dianteira e o motor 2.0 Duratec flex, que agora também é oferecida com câmbio automático de quatro velocidades. A unidade avaliada custa R$ 65.800 com ar-condicionado, direção hidráulica, trio e retrovisores elétricos, rodas de liga leve aro 15, bancos revestidos em couro e cor metálica, entre outros itens. Por esse valor, o modelo também vem equipado com freios ABS com EBD e airbag duplo (motorista/passageiro). Com transmissão manual de cinco velocidades e a mesma motorização, a versão tem preço a partir de R$ 63.130.

Ao andar com o EcoSport, o primeiro ponto positivo é o desempenho do motor Duratec 2.0 flex, que trabalha bem com o câmbio automático do modelo com função overdrive. O propulsor desenvolve 141 cv (gasolina) a 6.000 rpm e 146 cv (etanol) a 5.750 rpm. Em aceleração suave e constante, o bom torque e potência, já a partir dos 2.000 giros, garantem agilidade nas retomadas, sem contar o conforto de se dirigir no para e anda do trânsito de Belo Horizonte sem ter a exaustiva missão de trocar as marchas. O apoio para o pé do lado esquerdo é uma boa sacada da Ford. Com pneus de uso misto e acerto de suspensão mais rígido, as irregularidades da pista são transmitidas para dentro do EcoSport. A estabilidade é boa.

O acabamento - que sempre foi um dos pontos fracos do modelo - melhorou, mas ainda não é compatível com a proposta e o preço do modelo. O revestimento em couro em um combinação de preto com marrom é de gosto duvidoso. Apesar do estepe na traseira, a visibilidade do EcoSport é boa e reforçada pelos retrovisores externos grandes, mas nas manobras faz falta um sensor de estacionamento. A abertura da tampa do porta-malas de forma horizontal segue sendo um problema do carro por necessitar de um espaço maior do que qualquer outro veículo.

Uma decepção é capacidade do porta-malas de 292 l - menor que a do Fiesta, por exemplo. O espaço para quem vai no banco de trás é bom e comporta com conforto dois adultos e uma criança.



Mercado
Ford já prepara sucessor

Um novo EcoSport utilizando a plataforma do Focus é esperado para estrear no Brasil em 2012. Portanto, o EcoSport 2011, feito sobre a plataforma do Fiesta, será a última atualização do simpático modelo que conquistou os brasileiros antes de uma completa reformulação. Neste mês, a Ford inclusive anunciou que vai investir R$ 500 milhões só no projeto do novo modelo da marca.

Segundo a montadora, o novo EcoSport será o primeiro carro global da Ford 100% criado e produzido no Brasil, mais precisamente na planta da Ford em Camaçari (BA). A reformulação no modelo se faz necessária já que a concorrência promete ficar mais acirrada com a chegada, em agosto, do Citroën Aircross, o novo aventureiro da marca francesa. Em 2011, devem engrossar a lista o Renault Duster e a versão crossover do Chevrolet Agile. (IV)

fonte:Otempo