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6 de abril de 2010

Brasil quer disparar seu foguete lançador de satélites até 2014

Nação também está desenvolvendo três satélites com tecnologia nacional

Alcântara. Daqui a quatro anos o Brasil será capaz de lançar seu próprio foguete para colocar um satélite em órbita, informou a Agência Espacial Brasileira (AEB). O propulsor será uma versão mudada do VLS (Veículo Lançador de Satélite), da mesma família do foguete que explodiu em Alcântara (MA) em 2003, matando 21 pessoas. Segundo o diretor de política espacial e investimentos estratégicos da AEB, Himilcon Carvalho, de lá para cá houve uma grande revisão do projeto do VLS, o que justificaria sua manutenção.

O primeiro teste com o VLS-1, como é chamado o foguete, está previsto para 2012. Nessa fase, serão acionados apenas os dois primeiros estágios do propulsor, que ficam na parte inferior. Em 2013 se prevê um voo com a carga total, mas ainda experimental. Em 2014, diz o diretor, será possível ao país colocar um satélite em órbita.

O cronograma está atrasado. No Programa Nacional de Atividades Espaciais, formulado em 2005, o lançamento oficial do VLS-1 estava previsto para 2007. Uma das dificuldades técnicas enfrentadas é a de se comprar componentes eletrônicos do exterior, já que essas peças também podem ser usadas com fins militares, e seu mercado é restrito.

Enquanto o VLS não fica pronto, o Brasil contrata serviços no exterior para lançar seus satélites. Hoje há três equipamentos brasileiros em órbita. Dois deles - os SCD 1 e 2 - captam informações sobre dados ambientais (nível de rios, quantidade de chuvas) de centenas de estações espalhadas pelo Brasil.

Um satélite mais avançado, chamado Cbers-2B, tira fotos do planeta e ajuda o Brasil a monitorar o desmatamento da Amazônia. O equipamento, fabricado em parceria com a China, já é o terceiro de uma família de cinco membros - mais dois devem ser lançados até 2014.
Outros satélites estão sendo desenvolvidos no país: o Amazônia-1, que terá uma câmera com maior ângulo de visão do que o Cbers, e o Lattes, que irá analisar partículas nocivas que vêm do espaço, além de buscar fontes de raio X na Via Láctea.

Nenhum dos satélites previstos, contudo, poderá ser carregado pela versão do VLS que ficará pronta em 2014. Eles são muito pesados para a capacidade do foguete, que provavelmente fará seu voo de estreia com um equipamento menor, como o satélite universitário Itasat, que está sendo planejado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

Ao contrário dos EUA e da Rússia, o Brasil não tem grandes pretensões de exploração espacial. Por isso, todos os satélites em órbita olham para a terra, e não para as estrelas. Por isso, todos os satélites que planejados ou em órbita olham para a terra, e não para as estrelas. A única exceção seria o Lattes. Da mesma forma, o Brasil também não planeja ter astronautas.



fonte:Otempo

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