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29 de abril de 2010

Analgésico de pimenta não causa dependência da droga

A malagueta é rica em capsaicina, uma substância capaz de provocar a dor

Nova York, EUA. Pesquisas com pimenta malagueta estão ajudando cientistas a criarem um novo tipo de analgésico que teria a vantagem de não provocar dependência no paciente. Uma equipe da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, disse ter identificado, em pontos do organismo afetados pela dor, uma substância semelhante à capsaicina - que dá à pimenta malagueta seu efeito ardido. Os especialistas dizem ter encontrado uma forma de bloquear a produção dessa substância, o que seria útil em tratamentos para a dor crônica.

A pimenta malagueta é rica em uma substância conhecida como capsaicina, que causa a dor ao ativar um receptor chamado potencial transiente do tipo vaniloide-1 (TRPV1, na sigla em inglês).
Em estudos com ratos, a equipe norte-americana descobriu que, quando o organismo é ferido, substâncias semelhantes à capsaicina são liberadas no local e ativam os receptores associados à sensação de dor. Essas substâncias são ácidos graxos chamados metabólitos do ácido linoleico oxidado (Olams, na sigla em inglês).

O ácido linoleico está presente de forma abundante no organismo humano, mas as investigações da equipe revelaram a existência de uma nova família desse ácido, produzida pelo corpo e liberada quando há um ferimento.

Após identificar esse processo, os cientistas fizeram mais experimentos com ratos em laboratório para tentar encontrar formas de bloquear a ação da substância. Como resultado, a equipe desenvolveu dois novos tipos de analgésicos. Um usa drogas que bloqueiam a formação dos Olams, outro é baseado em um anticorpo que os mantém inativos.

"Quase todo mundo vai vivenciar dor persistente em algum momento da vida", justificou o estudo Kenneth Hargreaves da Universidade do Texas.

Flash
Divulgação. O resultado da pesquisa com pimenta foi relatado na revista científica "Journal of Clinical Investigation", nos EUA.

fonte:Otempo

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