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30 de setembro de 2009

Grupo de 106 nomes que escolherá a sede de 2016 vai de ex-craques a príncipes.

O espírito esportivo, contudo, nem sempre entra em campo

Quando fundou o movimento olímpico, em junho de 1894, o francês Pierre de Coubertin escreveu que seus integrantes deveriam ser “todos, ou quase todos, esportistas no verdadeiro sentido da palavra”. O ideal, como sabemos, às vezes sofre um pouco com a realidade.

Mais de 115 anos depois, o Comitê Olímpico Internacional, que nesta sexta-feira escolhe o sonho de uma entre quatro cidades, é um colégio eleitoral raro, único e eclético. Primeiros-ministros e lendas olímpicas se misturam a personagens de reputação questionável. Em que clube do mundo você encontraria uma princesa ao lado de um general de ditadura? Um ministro que já foi técnico da seleção nacional de futebol? Um dirigente suspenso por manipulação de resultados ao lado de um bicampeão olímpico? É esse clube que as quatro cidades candidatas a sediar as Olimpíadas de 2016 devem cativar, e adular, e alimentar.

Os membros do COI hoje são 106 – e podem no máximo chegar a 115. A formação deste colegiado seguiu historicamente regras de um clube exclusivo – com indicações, nobres e VIPs de sobra. Coubertin acreditava que um grupo autogerido seria mais independente. Isso não deu tão certo. Em 1999, uma sucessão de escândalos forçou o movimento a adotar regras mais claras. Antes, países que já sediaram os Jogos tinham direito a dois membros – outros no máximo um. Essa composição começou a mudar nos últimos anos, com uma relativa democratização do movimento. Hoje, o COI é dividido em quatro grupos:

a) Até 15 atletas em atividade – eleitos pelos próprios atletas durante os Jogos Olímpicos.
b) Até 15 presidentes de Federação.
c) Até 15 presidentes de comitês olímpicos.
d) Até 70 membros sem filiação específica – no máximo um por país.

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