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12 de julho de 2009

Chacras desafiam o corpo a buscar o caminho da evolução

A palavra chacra vem do sânscrito e significa roda de luz, pontos de energia de diferentes vibrações que representam diferentes aspectos do corpo, da alma e do espírito.

"Os chacras simbolizam a lei da natureza em constante movimento e estão localizados ao longo da coluna vertebral. Sua função é de receber e transmitir energia para as áreas afetadas do corpo físico, trazendo equilíbrio. A consciência dos chacras nos dá a condição de unir todos os aspectos de nossas vidas, incluindo os físicos, materiais, espirituais e sexuais", ensina a professora de ioga Maria José Marinho, que oferece cursos regulares de chacras.

São sete os principais chacras. O muladhara, localizado entre a região anal e urogenital, está ligado ao reino mineral e ao elemento terra. "Desorganizado, ele desencadeia paranoias, medos e agressividade como a dos assaltantes e pessoas que não têm bons sentimentos. É o chacra da sobrevivência, dos instintos, da satisfação das necessidades básicas", ensina Maria José.
O svadhisthana, dois dedos abaixo do umbigo, atinge a região do baço, está ligado à energia da água e ao reino vegetal. "Ele rege a capacidade de procriação, a criatividade e os relacionamentos", diz a professora.

O manipura está localizado na boca do estômago e se liga ao reino animal e ao elemento fogo. "Ele é o administrador das emoções ditas inferiores, como raiva, inveja, mágoas e ódio. No entanto, a consciência oferece condições de transformar esses sentimentos em algo positivo e em benefício do outro. É o chacra do poder e bem equilibrado desperta o líder que existe em todos nós", pontua a especialista.

No centro do peito, no coração, está o chacra anahata, que se relaciona com o reino humano e tem como elemento o ar. "Sua forma energética é vital. Ele expressa afetividade, amorosidade, compaixão, paciência e perdão conosco e com o outro. Em desarmonia, desencadeia problemas cardiológicos, circulatórios, asma, bronquite e leucemia", explica a professora.

O vishudda, prossegue Maria José, está localizado na garganta não tem ligação com a terra, seu elemento é o espaço e sua forma energética é sonora. Ele é o chacra da verbalização. Está ligado à voz, ao ouvido, à garganta, tireoide, paratireoide e ao metabolismo.

Ajna, localizado no centro da testa, acima da sobrancelha, é chamado olho de Shiva ou terceira visão. "Seu elemento é o espírito e sua função são as percepções extrassensoriais. A forma energética é elétrica e mental. É ele que dá a vidência, a percepção extra-sensorial. Harmoniza também a atividade mental e tem relação com a glândula pituitária", ressalta a professora.
Sahasrara, também chamado coronário ou chacra das mil pétalas, é representado na criança pela moleira e nos santos e divindades pela auréola no alto da cabeça. "Sua forma energética é psíquica e está ligado à energia mais sutilizada, subatômica. É o mundo espiritual, da transcendência e do contato divino. Revela que o homem chegou ao seu processo de evolução", pontua Maria José.

A professora ensina que cada chacra está ligado a uma função sensorial. "Eles são como reatores atômicos no nosso corpo e todos têm o lado do bem e do mal. Dentro da filosofia indiana, cada um se liga a uma divindade".

Análise. Segundo a terapeuta holística Ana Leite, não podemos ver e nem tocar nossos chacras, mas eles são "ótimos companheiros de viagem porque nos mostram quando algo não está bem conosco". "A cada ano de vida vivenciamos a função emocional e psicológica de um chacra. Além de atuarem como verdadeiros depósitos de energia vital, eles nos desafiam a amadurecermos nossas emoções e nos aproximamos de nossa essência", diz a teraputa.

Ana conta que, no primeiro ano de existência, o bebê encontra-se no primeiro chacra, o da sobrevivência. "Ele apenas dorme e come. É quando começa a lidar com seus instintos. No segundo ano, ele aprende a se relacionar com o outro e com o mundo. No terceiro ano, a exercitar a sua identidade e personalidade, o poder", diz.

No quarto ano, emenda a terapeuta, a criança se relaciona com as emoções, com a afetividade. No quinto ano de vida, aprende a verbalizar os seus desejos e insatisfações para o mundo. No sexto transita entre o mundo da intuição e o mental. Tem dúvidas, questiona. E no sétimo, entra em contato com a espiritualidade. "Depois a criança retorna ao primeiro chacra e recomeça tudo de novo. Cada vez que ela passa por um chacra tem mais consciência daquela função e vai se aperfeiçoando até chegar a Deus, algum dia", finaliza Ana.

fonte:Otempo

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