Uma ilustração, à esquerda, é usada para comparar as imagens obtidas com os nanotubos, à direita: precisão muito maior para distinguir órgãos |
Imediatamente após serem injetados na corrente sanguínea, os minúsculos tubos com paredes de uma camada de carbono já brilham em órgãos como pulmão, rins e fígado.
Essa fluorescência aparece com imagens especiais, em resposta a um laser direcionado ao rato, enquanto uma câmera capta as luzes infravermelhas emitidas pelos nanotubos.
O método é bastante útil para testar o efeito de medicamentos em ratos, uma vez que eles são cobaias em grande parte dos produtos usados em humanos – especialmente medicamentos. Com a nova técnica, enxergar o efeito dessas substâncias ficou muito mais fácil.
Atualmente, os nanotubos já são usados para entregar medicação em ratos – como tratamentos anti-câncer, por exemplo. Uma possibilidade é associar o medicamento aos tubos fluorescentes, o que indicaria exatamente onde ele está sendo entregue no corpo do animal.
Sem borrões
O problema é que as tintas atuais usadas para fazer com que os órgãos brilhem em infra-vermelho criam imagens embaçadas apenas alguns milímetros abaixo da pele. Isso ocorre porque os tecidos biológicos, de ratos ou humanos, naturalmente são fluorescentes a comprimentos abaixo de 900 nanômetros – e este é o mesmo comprimento de onda emitido pelas tintas biocompatíveis usadas em laboratório.
Essa coincidência faz com que a fluorescência de fundo, emanando do corpo, borre a imagem. Já o novo método cria imagens coloridas mesmo a centímetros abaixo da pele (o que, no caso de um animal pequeno como o rato, faz muita diferença) com mais clareza do que os convencionais. Isso porque os nanotubos brilham em uma parte diferente do espectro, em comprimentos entre 1000 e 1400 nanômetros – o que significa que não há ruído.
As imagens ainda passam por um software que as “limpa” e deixa a visão dos órgãos aind amais clara.
Embora existam outras técnicas ainda mais precisas para observar órgãos (como ressonância magnética e tomografia computadorizada),as imagens fluorescentes são ainda muito usadas por requererem equipamentos mais simples. Os nanotubos são mais um passo rumo á popularização ainda maior dessa técnica.
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