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4 de julho de 2011

Nanotubos fluorescentes mostram órgãos

Uma ilustração, à esquerda, é usada para comparar as imagens obtidas com os nanotubos, à direita: precisão muito maior para distinguir órgãos
Com a ajuda de nanotubos fluorescentes de carbono, pesquisadores criam técnica que mostra os órgãos internos de rato de forma muito mais clara.

Imediatamente após serem injetados na corrente sanguínea, os minúsculos tubos com paredes de uma camada de carbono já brilham em órgãos como pulmão, rins e fígado.


Essa fluorescência aparece com imagens especiais, em resposta a um laser direcionado ao rato, enquanto uma câmera capta as luzes infravermelhas emitidas pelos nanotubos.

O método é bastante útil para testar o efeito de medicamentos em ratos, uma vez que eles são cobaias em grande parte dos produtos usados em humanos – especialmente medicamentos. Com a nova técnica, enxergar o efeito dessas substâncias ficou muito mais fácil.

Atualmente, os nanotubos já são usados para entregar medicação em ratos – como tratamentos anti-câncer, por exemplo. Uma possibilidade é associar o medicamento aos tubos fluorescentes, o que indicaria exatamente onde ele está sendo entregue no corpo do animal.

Sem borrões

O problema é que as tintas atuais usadas para fazer com que os órgãos brilhem em infra-vermelho criam imagens embaçadas apenas alguns milímetros abaixo da pele. Isso ocorre porque os tecidos biológicos, de ratos ou humanos, naturalmente são fluorescentes a comprimentos abaixo de 900 nanômetros – e este é o mesmo comprimento de onda emitido pelas tintas biocompatíveis usadas em laboratório.


Essa coincidência faz com que a fluorescência de fundo, emanando do corpo, borre a imagem. Já o novo método cria imagens coloridas mesmo a centímetros abaixo da pele (o que, no caso de um animal pequeno como o rato, faz muita diferença) com mais clareza do que os convencionais. Isso porque os nanotubos brilham em uma parte diferente do espectro, em comprimentos entre 1000 e 1400 nanômetros – o que significa que não há ruído.

As imagens ainda passam por um software que as “limpa” e deixa a visão dos órgãos aind amais clara.

Embora existam outras técnicas ainda mais precisas para observar órgãos (como ressonância magnética e tomografia computadorizada),as imagens fluorescentes são ainda muito usadas por requererem equipamentos mais simples. Os nanotubos são mais um passo rumo á popularização ainda maior dessa técnica.


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