No Sudeste, 39% dos entrevistados foram enquadrados em alto risco
Apesar de todo mundo ser suscetível a ter trombose, muita gente não tem informações sobre a doença. Uma pesquisa nacional, que entrevistou 1.008 brasileiros, mostrou que apenas 56% deles já ouviram falar sobre trombose. E pior: 57% dos que sabem da existência da enfermidade não conhecem os sintomas ou as consequências que ela pode ocasionar em quem a contrai.
O levantamento feito pelo Ibope Inteligência, com apoio da Sanofi Aventis e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, ouviu 440 moradores na região Sudeste - ou seja, 44% do total de entrevistados no país.
A pesquisa dividiu os entrevistados em três níveis: os que têm alto, médio e baixo risco de ter trombose. No Sudeste, 41% se encaixaram no baixo risco; 21% no moderado; e 39% no alto.
Quanto maior o risco de se ter a doença, maior o nível de conhecimento a respeito. Tanto que somente 55% dos que têm baixo risco a conhecem. Em contrapartida, dentre os de alta probabilidade, 65% sabem da existência da trombose. Mas, mesmo os que mais correm o risco de adoecerem não admitem que isso possa ocorrer: apenas 5% reconhecem essa maior propensão.
"O objetivo da pesquisa era avaliar o nível de conhecimento do brasileiro quanto à trombose. Agora sabemos que ele é baixíssimo e que temos que fazer uma campanha de conscientização. A prevenção é muito importante, principalmente entre a população de alto risco", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Guilherme Pitta
De acordo com o médico e membro do serviço de angiologia e cirurgia cardiovascular do Hospital Vila da Serra Carlos Eduardo Jorge, a doença, que é caracterizada pela formação de nódulos nas veias, atinge mais os obesos, os fumantes e os que se alimentam mal, além daqueles que não praticam exercícios físicos, que usam anticoncepcionais, e os maiores de 40 anos.
Mas, há as exceções. O motorista Aluísio Araújo Santos, 31, é uma delas. Mesmo sem se encaixar nesse perfil, ele teve trombose neste ano por causa de um trauma que teve na perna, praticando exercícios físicos. "Sempre achei que só pessoas mais velhas tinham trombose. Mas eu tive sendo jovem, sem fumar e praticando exercícios", lamenta.
Problema pode levar à morte
Apesar de ter cura, a trombose pode levar à morte. O que a torna mais grave é o fato de poder causar a embolia pulmonar, quando os trombos seguem ao pulmão, bloqueando a circulação de sangue no local.
"Existe a trombose venosa profunda e a superficial. A que mais preocupa é a profunda porque obstrui veias importantes, dificultando a volta do sangue para o coração. Se esses trombos migram para o pulmão é mais grave ainda", explica o o médico membro do serviço de angiologia e cirurgia cardiovascular do Hospital Vila da Serra, Carlos Eduardo Jorge.
Dados do Sistema Único de Saúde contam 85.772 internações por trombose no país entre janeiro de 2008 e agosto de 2010, com uma taxa de mortalidade de 2,38%. Esse índice representa um terço do registrado pelo câncer, que tem taxa de mortalidade de 7,59%. (TL)
Riscos
Aumento. A chance de se ter trombose aumenta para as mulheres com idade média de 35
anos, que usam anticoncepcional oral, fumam e fazem algum tipo de cirurgia. Além disso, uma mulher grávida e que passa por uma cirurgia tem quatro vezes mais chances de ter a doença.
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fonte:Otempo
4 de novembro de 2010
Trombose "ronda" população, mas doença é desconhecida
Postado por
Ewerton
às
quinta-feira, novembro 04, 2010
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