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10 de fevereiro de 2010

Ser mais magro nem sempre afeta a boa forma dos atletas

Não existe fórmula para se obter melhor desempenho, alerta pesquisador

Em seu novo livro, "Racing Weight: How to Get Lean for Peak Performance" ("Peso na Corrida: Como Ficar Magro para um Desempenho Máximo"), Matt Fitzgerald, nutricionista esportivo, escreve sobre uma impressionante experiência de corrida. Ele trabalhou em uma espécie de esteira antigravidade, a AlterG, que usa uma bolsa de ar para levantar o corpo, permitindo que você diminua efetivamente o peso do seu corpo enquanto você corre.

Fitzgerald começou correndo sem a assistência mecânica da esteira. Depois, ele correu com a esteira ajustada para levantá-lo o bastante para que ele ficasse 10% mais leve. "Senti que eu tinha ficado 10% mais em forma", escreve o nutricionista. "Correr no ritmo em que eu costumava correr de repente ficou extremamente fácil. Fiquei com a impressão de uma corrida normal, mas com uma sensação muito mais agradável".

Fisiologistas do exercício concordam que, se a prática esportiva (correr, e subir montanhas pedalando, por exemplo) é particularmente afetada pela força da gravidade, você é penalizado pelo excesso de peso. Mas isso levanta algumas questões: qual é o peso ideal para sua prática esportiva? E quanta diferença faz se você realmente atingir esse peso?

Foram realizados alguns testes diretos sobre o efeito do peso corporal, disse Hirofumi Tanaka, fisiologista do exercício da Universidade do Texas. A maioria deles foi feita na década de 1970 e envolvia voluntários que deveriam correr com pesos em suas costas ou tornozelos. Obviamente, os testes mostraram que, quanto mais pesadas as pessoas estavam, mais força elas tinham que utilizar para conseguir correr a uma dada velocidade.

Mas a forma dos corredores não foi afetada pelo peso extra, disse Tanaka. Isso significa que você provavelmente correria do mesmo jeito se você fosse mais pesado. Entretanto, seria bem mais difícil correr no ritmo habitual se você for mais pesado. Assim, você acabaria correndo mais devagar.

Mas não está claro o quanto você ficaria mais lento. Beth Parker, diretora de pesquisa da fisiologia do exercício no Hospital Hartford, disse que, para os corredores, a regra geral é que 1% de redução no peso leva a 1% de aumento no desempenho.

Mas, então, por que não é bom ficar o mais magro possível? O problema é que todo mundo tem um ponto de equilíbrio no qual a perda de peso além dele piora o desempenho, disse Mark Tarnopolsky, pesquisador de metabolismo muscular e fisiologista da Universidade McMaster de Ontário. Tarnopolsky, que é um atleta ranqueado nos EUA em triatlons de inverno, corrida de aventura e orientação em esqui, disse que as pessoas variam tanto, que não existe fórmula para se descobrir o peso perfeito.





fonte:Otempo

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