Ele não é engenheiro mecânico nem trabalha numa fábrica de automóveis, mas inventou um carro elétrico. Sim, o engenheiro civil e analista de sistemas Maurício dos Santos Anjo, 46, é um verdadeiro professor pardal. E a razão foi simples: ele cansou de esperar o lançamento de um carro elétrico com preço popular e resolveu "criar" o seu próprio.Anjo está rodando de carro elétrico desde novembro de 2009, mas só ontem resolveu divulgar oficialmente seu invento. "Era uma sexta-feira 13 quando comecei a rodar nele. E ainda tenho santo e anjo no nome", brinca.
A iniciativa bem-sucedida teve o apoio de uma equipe que Anjo contratou especialmente para isso. "Eu comprei um Palio e tirei tudo de dentro dele, deixei só o câmbio e a bateria. Levei três meses para construir esse modelo. Para os próximos, avalio que devo levar duas ou três semanas", explica o inventor, que pretende entregar carros elétricos sob encomenda, que deve ser feita pelo site de sua empresa: www.cecotein.com.br/electro.
O inventor mora em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e não se aperta com questões como assistência técnica e garantia. "Todas as peças são fabricadas no Brasil, não há segredos nem o que patentear. O motor tem garantia de um ano, e as baterias, de dois. E, se o carro estragar, qualquer mecânica especializada na parte elétrica é capaz de consertar o motor. Qualquer dúvida é só ligar para mim", garante Anjo.
O Palio elétrico inventado por Anjo tem autonomia de 90 km. É preciso carregar a bateria todos os dias, e para isso, é só ligar o carro na tomada de casa. "Pode ser 110 ou 220 volts. Não faz diferença e é muito econômico. Na primeira carga, gastei em torno de R$ 5 de energia elétrica. Na manutenção, gasto em torno de R$ 2 por dia", detalha.
A bateria, segundo Anjo, é ecológica, pois é 100% reciclada pelo fabricante. "A única desvantagem é o porta-malas quase todo ocupado pelo espaço das baterias. Mas o carro é o mais barato no mercado de carros elétricos. Custa R$ 29 mil só a conversão, para quem já tem um Palio ou R$ 52 mil para quem vai comprar um carro zero e converter", arremata.
Na mata. Outra invenção que está fazendo bem para o meio ambiente e mais ainda para as pessoas é o fogão à lenha que gera energia elétrica. Ele foi inventado pelo engenheiro Ronaldo Sato, diretor industrial e de pesquisa e desenvolvimento da Energer, empresa do grupo BMG, localizada em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte. Com o fogão funcionando de dia, é possível acender a luz e a televisão à noite.
O objetivo foi fornecer luz para as famílias que moram em casas afastadas do meio urbano e têm muita lenha disponível, como é o caso dos ribeirinhos e colonos da região amazônica. E Sato tem ido pessoalmente entregar os fogões para comunidades do Acre. Lá ele ensina a usar a invenção e treina técnicos que dão assistência. "A distribuição dos fogões para essas comunidades é gratuita, uma iniciativa do governo do Acre com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já recebemos diversas encomendas, mas ainda não produzimos comercialmente, embora isso seja o próximo passo", informa. O funcionamento é simples. Há um reservatório de água no fogão que, aquecido pelo fogo, gera vapor que faz girar um motor, que libera energia a ser armazenada numa bateria.
fonte:Otempo
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