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2 de janeiro de 2010

Felicidade Interna Bruta pode ser mais que um sonho

Butão elege quatro pilares para uma sociedade feliz: economia, cultura, meio ambiente e governo bom

Um pequeno reino budista no alto das montanhas do Himalaia considera a felicidade de seus súditos mais importante que a produção econômica. Conto de fadas? Não. Essa é a mais pura realidade em um reino, o Butão, que tem não mais que 700 mil habitantes, encravado no topo do mundo, espremido entre as duas nações mais populosas do mundo, a Índia e a China.

O antigo rei, Jigme Singye Wangchuck, criou em 1972 uma alternativa ao Produto Interno Bruto: a Felicidade Interna Bruta, um mecanismo que situa a felicidade como pivô do desenvolvimento de uma nação.

Desde então, o reino do Butão começou a praticar esse conceito e atrair a atenção do resto do mundo com a sua nova fórmula para o cálculo de riqueza de um país, que considera outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas.

Passados praticamente 38 anos, os butaneses estão refinando a filosofia que guia o país e transformando-a no que acreditam ser uma nova ciência política.

"Se o FIB precisa ser a nova ordem, então a antiga ordem parece estar sucumbindo, conforme se manifestam as múltiplas crises que estão testando a relevância e a sustentabilidade da ordem prevalecente. As crises financeira, energética e alimentícia, bem como as calamidades naturais com magnitudes e frequências jamais vistas, creio eu, soam os sinais de alarme para nos avisar que devemos nos afastar do modo de vida que temos até agora adotado", propõe Jigmi Y. Thinley, primeiro-ministro do Butão.

O governo determinou que os quatro pilares para uma sociedade feliz são a economia, a cultura, o meio ambiente e um bom governo. Se por um lado o índice FIB pode guardar o segredo da felicidade para as pessoas que sofrem com o colapso das instituições financeiras, ele oferece algo mais urgente para essa cultura ainda em estado puro. "A história do Butão hoje é a sobrevivência. A felicidade interna bruta é a sobrevivência, uma forma de enfrentar a ameaça à sobrevivência", sentencia Kinley Dorji, secretário de informação e comunicação do Butão.

fonte:otempo

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