
As reações dos neurotransmissores reproduzem as sensações experimentadas por quem, de fato, experimenta episódios de sofrimento físico. Para chegar às conclusões, os médicos observaram as reações de 108 pacientes, expostos a imagens que remetem situações de dor, como acidentes na prática esportiva e aplicações de injeções.
Cerca de um terço dos participantes da pesquisa não manifestaram nenhum tipo de reação emocional aos episódios apresentados. Mas, mesmo assim, passaram a sentir dores semelhantes àquelas vividas nas fotos.
"Sabemos que a percepção de dor leva em conta critérios subjetivos, por isso há pessoas mais sensíveis do que outras", afirma o neurologista Ricardo Teixeira.
"Mas ainda são necessárias muitas pesquisas para entender o que está por trás dessas reações". Após escanear o cérebro dos participantes, foi possível visualizar as áreas do cérebro que apresentam mais atividade quando há identificação com a dor de outra pessoa - e se trata, justamente, das áreas relacionadas ao processamento da dor física (e não emocional).
Os pesquisadores ainda notaram que esse perfil de paciente tem dificuldade de assistir a filmes de terror, por exemplo. Um comportamento explicado também pelos efeitos físicos que esse tipo de exposição acarreta.
O próximo passo das investigações é entender como esse mecanismo pode estar relacionado a sensações de desconforto sem explicações físicas, como o caso de pessoas que se queixam de dores permanentes pelo corpo, sem apresentam nenhum tipo de disfunção física.
fonte:Minhavida
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