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6 de setembro de 2009

Brasil tem projeto para carro pequeno a diesel

Combustível polui mais que o álcool e menos que gasolina, e roda mais km/l

Tramita no Senado um projeto para permitir a venda de carros de passeio movidos a diesel, como os da Europa. De um lado da balança está o fato de que o combustível é mais poluente que o álcool. Do outro, a economia: faz mais quilômetros por litro e emite menos CO² que a gasolina.

Isso o tornaria uma alternativa mais "ecológica", segundo o autor da proposta, o senador Gerson Camata (PMDB-ES). Sua tarefa não será fácil. Contra ele estão entidades ambientais e as montadoras, que afirmam que porque o óleo diesel, em muitas regiões, ainda possui alta concentração de enxofre.

Na última quarta-feira, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) aprovou a sexta fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que estabelece novos limites de emissões de poluentes para automóveis leves movidos a diesel e a gasolina. A determinação entra em vigor para os veículos a diesel em 2013, e em 2014 para os a gasolina.
O projeto de lei de Camata foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em julho e, agora, passa por avaliação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em caráter terminativo. Isso significa que, caso não haja nenhum recurso contrário por parte dos senadores, o projeto irá direto para a Câmara, sem necessidade de ser votado no plenário do Senado. Se os deputados aprovarem, vai para sanção presidencial.

A proposta visa colocar fim a uma lei criada em 1976 que proíbe a venda desse tipo de veículo. A medida foi tomada durante a crise do petróleo, quando o Brasil tentava diminuir a importação de petróleo e derivados e investia no Pró-álcool. Desde então, apenas veículos comerciais (caminhões, ônibus, caminhonetes, jipes etc.) podem circular com o combustível.

A proporção da polêmica para liberar o uso do combustível hoje é tão grande quanto a da época em que foi proibido. O senador Delcídio Amaral (PT-MS), que é o relator responsável pelo projeto na CAE, afirma que tem sofrido "pressão de todos os lados".

Padrão europeu. A concentração de enxofre no diesel nas regiões metropolitanas do país é de 500 ppm (partes por milhão). Porém, nas cidades afastadas do perímetro das capitais, o diesel vendido chega a ter 1.800 ppm de enxofre. Ao levar em conta que o óleo diesel que circula na Europa possui 10 ppm de enxofre, o Brasil está bem longe de níveis considerados saudáveis pelas exigentes leis ambientais europeias. "Temos que ter diesel como na Europa", reforça o ambientalista Oded Grajew, um dos idealizadores do Movimento Nossa São Paulo.

Mistura de biodiesel deve ir para 5% em 2010
São Paulo. Já é consenso no mercado de biodiesel que a mistura de biodiesel no diesel subirá de 4% para 5% (B5) em 2010. Até o próximo dia 15, uma reunião em Brasília deverá definir a data em que o B5 entrará em vigor, informou Edson Menezes da Silva, superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo ele, a expectativa é que o B5 já comece a ser utilizado a partir de 1º de janeiro de 2010. "Temos oferta suficiente para suprir o mercado com B5", disse. No plano original, a mistura de 5% estava prevista apenas a partir de 2013. "O programa está se desenvolvendo melhor que o esperado."

fonte:Otempo

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