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19 de junho de 2009

Após anúncio de racha, equipes afirmam que Mosley decidirá futuro da F-1

Os treinos livres em Silverstone começaram com o alemão Sebastian Vettel sendo o mais rápido, mas o que acontecia dentro da pista chamava bem menos atenção do que a movimentação no paddock. Tudo por causa do anúncio de oito equipes (Ferrari, McLaren, Renault, BMW, Brawn GP, Toro Rosso, Red Bull e Toyota) de deixar a Fórmula 1 em 2010, por conta da discordância das regras impostas pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), através de seu presidente Max Mosley.
Os chefões das equipes foram cercados por repórteres e cinegrafistas assim que chegavam ao autódromo inglês nesta sexta-feira. Max Mosley optou por permanecer calado, após a divulgação de um comunicado da FIA, na qual culpava a Fota (Associação das Equipes da Fórmula 1, entidade a qual pertencem os oito times) pelo racha.

O dirigente é considerado peça fundamental pelo chefão comercial da categoria, Bernie Ecclestone, e pelos dirigentes das escuderias para resolver o impasse na principal categoria de automobilismo.

As oito equipes anunciaram que farão um campeonato paralelo à Fórmula 1, já que não aceitam as condições da FIA para o próximo ano como a redução do teto orçamentário para 100 milhões de euros, sob pena de diferentes condições para os carros. Assim, a F-1 ficaria apenas com Williams e Force India das atuais equipes na categoria em 2010.

O chefão da Red Bull, Christian Horner, explicou que os times tentaram um acordo até o último momento, mas que a intransigência da FIA foi decisiva para o racha. "Agora está nas mãos da FIA. As posições são duras dos dois lados. Os times sentem que foram longe o suficiente, a FIA também sente que fez o máximo, e não houve um acordo entre as duas partes", disse o dirigente, mostrando ceticismo com um possível acordo.

Para o chefe-executivo da Brawn GP, Nick Fry, as negociações devem continuar nos próximos dias, mas que uma resolução dependerá mais da FIA em ceder em algumas partes. "A bola agora está na quadra de Max Mosley", disparou em entrevista à Rádio BBC. Questionado sobre o assunto, Ecclestone evitou maiores comentários e limitou-se a dizer que os repórteres deveriam questionar Max Mosley sobre o caso. "Não tenho ideia de como vai ser", disse.

O escocês Jackie Stewart, tricampeão mundial e ex-dono de equipe na F-1, acredita que caberá a FIA e Ecclestone encerrar o impasse. "A Fota tomou sua decisão e não mudará. Acredito que Mosley foi longe demais com isso e subitamente as equipes disseram: 'Desculpe, mas nós não podemos continuar assim' e agora Max Mosley precisa decidir", explicou.

Para ele, a participação de Ecclestone também será fundamental para tentar costurar um acordo entre as partes. "A grande peça agora é Bernie, pois ele é quem tem os direitos comerciais e tem mais a perder. Bernie sabe como fazer as coisas, foi muito bem sucedido na F-1 e no esporte e fará tudo para mudar em dois ou três dias", analisou.

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