RICHARD LANZA, do Jornal Super Notícia
A morte de uma idosa, em Bom Despacho, na região Centro-Oeste do Estado, poderia, facilmente, fazer parte do roteiro de um filme. O que torna o fato surpreendente e intrigante, é que a aposentada Maria Lila Prado, de 83 anos, morreu há cerca de dois meses e o filho dela, um desempregado identificado apenas como Renato, de aproximadamente 50 anos, manteve o corpo sentado em uma cadeira, na entrada do quarto, por todo esse tempo.
Segundo o agente funerário Rogério Santos, de 44 anos, na manhã da última segunda-feira, o desempregado solicitou os serviços fúnebres, devido à morte da mãe. "Ele esteve aqui e disse que a mãe havia falecido. Perguntamos há quanto tempo e ele respondeu que há 15 dias. O dono da funerária perguntou se ela tinha sido enterrada no Rio de Janeiro - cidade natal da família- e para nosso espanto, ele disse: ‘Vocês não estão entendendo. Minha mãe faleceu e está lá em casa’ ", contou o agente funerário.
Assustados com a revelação, os agentes foram até a casa da idosa e se depararam com o corpo dela, já em adiantado estado de decomposição. As polícias Militar e Civil foram chamadas. Os peritos e um médico legista constataram que a mulher teria morrido há cerca de 60 dias.
Para suportar o forte cheiro, o filho da idosa contou aos agentes funerários que ele abria as janelas da casa e jogava desinfetante, água sanitária e pedras de naftalina no chão.
Renato, que faz acompanhamento psiquiátrico, teria comentado, também, que manteve o corpo da mãe em casa, porque não queria que os vizinhos soubessem da morte dela.
Ele foi levado para a delegacia e liberado. A polícia entendeu que não houve crime de ocultação de cadáver. (RL)
2 de abril de 2009
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